Por: Sulbahianews - 04/01/2013 - 08:42:17
Acompanhados de
uma grande multidão formada por parentes, amigos, familiares, vizinhos e
pessoas que ficaram sensibilizadas com a tragédia, foram sepultados na
tarde de quinta-feira, 3 de janeiro, Nêda Ferreira Magalhães, 49 anos;
Simone Magalhães de Souza, 19 anos; Roberto Magalhães Souza, 25 anos; e
João Andrade de Souza, 54 anos, que juntos formavam a família do senhor
“João Pedreiro”.
O cortejo fúnebre
teve início por volta das 16 horas, saindo da rua Ibaúba, 80, bairro
Vila Caraípe, onde os corpos das vítimas vinham sendo velados, e
percorreu várias ruas do bairro, passando pelo Bela Vista, até chegar a
Avenida Presidente Getúlio Vargas, de onde seguiu até o cemitério local.
O enterro ficou
marcado pela homenagem da Academia de Capoeira do contramestre “Nego
Tula”, ao capoeirista Roberto, que era aluno da academia.
Em seguida, foram
sepultados todos os corpos, iniciando pelo corpo do patriarca da
família, o senhor “João Pedreiro”, logo após sepultaram o corpo de
Roberto, que ficou na mesma cova que seu pai, na parte superior, sendo
colocado na cova ao lado, o corpo de Nêda Ferreira, a esposa de “João
Pedreiro”, seguido pelo corpo da jovem Simone Magalhães, que sonhava em
ser modelo. Seu corpo foi colocado na parte superior da cova de sua mãe.
A outra vítima do
acidente, a criança Cinthia Alves Machado, de 11 anos, que era afilhada
de batismo de João e Nêda, foi sepultada no final da tarde de
quarta-feira, 2 de janeiro.
Muito abalado e
ainda emocionado com tudo que aconteceu, o senhor Arnaldo Andrade Souza,
irmão de João, conversou com nossa reportagem ainda no cemitério. Ele
que também estaria no carro que foi esmagado pelo ônibus da Expresso
Brasileiro se seu irmão tivesse encontrado alguém para tomar conta da
casa.
Ao não encontrar
ninguém, seu Arnaldo se ofereceu para ficar para que os outros pudessem
ir, abrindo vaga para que a pequena Cinthia fosse em seu lugar.
Seu Arnaldo
contava muito emocionado como é sua família de nove irmãos. “Nós somos
um povo humilde, porém, somos unidos”, disse seu Arnaldo. “Tudo que a
gente fazia era sempre juntos; é muito triste ver meu irmão e sua
família partir assim” completou.
Seu Arnaldo foi o
primeiro da família a receber a péssima notícia. Segundo ele, um amigo
que vinha logo atrás de moto teria identificado e pedido para que uma
enfermeira que passava pelo local lhe avisasse, conforme ocorreu. Apesar
de ainda muito abatido com tudo, seu Arnaldo ainda pediu que
agradecessem à enfermeira que lhe deu a notícia, que ele não soube dizer
o nome, mas, que, segundo ele, lhe tratou muito bem e diminuiu o
impacto da dor ao dar a péssima notícia de forma muito educada e com
sabedoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário