sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Emoção e dor no adeus à família vítima de acidente us na BA-290
Por: Sulbahianews - 04/01/2013 - 08:42:17
Acompanhados de uma grande multidão formada por parentes, amigos, familiares, vizinhos e pessoas que ficaram sensibilizadas com a tragédia, foram sepultados na tarde de quinta-feira, 3 de janeiro, Nêda Ferreira Magalhães, 49 anos; Simone Magalhães de Souza, 19 anos; Roberto Magalhães Souza, 25 anos; e João Andrade de Souza, 54 anos, que juntos formavam a família do senhor “João Pedreiro”.
O cortejo fúnebre teve início por volta das 16 horas, saindo da rua Ibaúba, 80, bairro Vila Caraípe, onde os corpos das vítimas vinham sendo velados, e percorreu várias ruas do bairro, passando pelo Bela Vista, até chegar a Avenida Presidente Getúlio Vargas, de onde seguiu até o cemitério local.
O enterro ficou marcado pela homenagem da Academia de Capoeira do contramestre “Nego Tula”, ao capoeirista Roberto, que era aluno da academia.
Em seguida, foram sepultados todos os corpos, iniciando pelo corpo do patriarca da família, o senhor “João Pedreiro”, logo após sepultaram o corpo de Roberto, que ficou na mesma cova que seu pai, na parte superior, sendo colocado na cova ao lado, o corpo de Nêda Ferreira, a esposa de “João Pedreiro”, seguido pelo corpo da jovem Simone Magalhães, que sonhava em ser modelo. Seu corpo foi colocado na parte superior da cova de sua mãe.
A outra vítima do acidente, a criança Cinthia Alves Machado, de 11 anos, que era afilhada de batismo de João e Nêda, foi sepultada no final da tarde de quarta-feira, 2 de janeiro.
Muito abalado e ainda emocionado com tudo que aconteceu, o senhor Arnaldo Andrade Souza, irmão de João, conversou com nossa reportagem ainda no cemitério. Ele que também estaria no carro que foi esmagado pelo ônibus da Expresso Brasileiro se seu irmão tivesse encontrado alguém para tomar conta da casa.
Ao não encontrar ninguém, seu Arnaldo se ofereceu para ficar para que os outros pudessem ir, abrindo vaga para que a pequena Cinthia fosse em seu lugar.
Seu Arnaldo contava muito emocionado como é sua família de nove irmãos. “Nós somos um povo humilde, porém, somos unidos”, disse seu Arnaldo. “Tudo que a gente fazia era sempre juntos; é muito triste ver meu irmão e sua família partir assim” completou.
Seu Arnaldo foi o primeiro da família a receber a péssima notícia. Segundo ele, um amigo que vinha logo atrás de moto teria identificado e pedido para que uma enfermeira que passava pelo local lhe avisasse, conforme ocorreu. Apesar de ainda muito abatido com tudo, seu Arnaldo ainda pediu que agradecessem à enfermeira que lhe deu a notícia, que ele não soube dizer o nome, mas, que, segundo ele, lhe tratou muito bem e diminuiu o impacto da dor ao dar a péssima notícia de forma muito educada e com sabedoria.
Até o momento, a empresa Expresso Brasileiro não se pronunciou sobre a lamentável tragédia que mobilizou a cidade .

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