O
relatório de receita e despesas da Prefeitura Municipal foi protocolado
na Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas e especifica recursos
totais na ordem de R$ 15.156.735,40, divididos em R$ 4.043.767,80 na
conta central do município, R$ 6.124.595,48 na conta da Secretaria
Municipal de Educação e outros R$ 992.930,33 na Secretaria de Saúde. No
mesmo documento o ex-prefeito Apparecido Staut ainda relata outros
recursos na ordem de R$ 3.965.441,79 repassados pelo Ministério da Saúde
ao Fundo Municipal de Saúde, que apesar de ser referente ao mês de
dezembro, com entradas nos dois dias 28 e 29, porém só lançado nas
contas da Secretaria Municipal de Saúde no início de janeiro de 2013.
O
ex-prefeito Apparecido Rodrigues Staut (PSDB) ainda apresentou à Câmara
Municipal de Vereadores o que deixou como restos a pagar, sendo R$
297.488,72 na conta geral, R$ 404.335,56 na Educação e R$ 2.252.006,23
na saúde. Sendo assim o ex-gestor assegura que deixou em caixa um saldo
positivo superior a R$ 12,2 milhões, descontadas todas as despesas à
disposição do novo prefeito João Bosco Bittencourt (PT).
Na
manhã de terça-feira, do último dia 15 de janeiro, o prefeito recém
empossado João Bosco e os principais nomes do seu primeiro escalão
convidaram os meios de comunicação da cidade, quando anunciaram as
primeiras ações básicas da gestão e mostraram um suposto rombo
milionário deixado pelo ex-prefeito Apparecido e desmentiram o saldo
superior a R$ 10 milhões que teria sido deixado pela ex-gestão.
Pelos
números apresentados pela nova administração, além de supostamente não
existir saldo algum, no total a Prefeitura estaria devendo cerca de R$ 9
milhões, principalmente a fornecedores dos setores de saúde e educação.
“Além das dívidas, o que torna a nossa situação muito complicada,
estamos com um déficit mensal na saúde de R$ 1 milhão. Precisamos
encontrar uma saída para equilibrarmos essa conta”, relatou na época
João Bosco, ao lado do secretário municipal de saúde, Marcos Pinto,
sobrinho do ex-deputado federal Uldurico Pinto.
Como
base nessas declarações o prefeito João Bosco (PT) decretou à revelia
da Câmara de Vereadores um Decreto Emergencial por 90 dias no município
de Teixeira de Freitas e passou esses três meses contrariam as leis
brasileiras e comprando produtos e serviços sem licitação. Nesse período
a arrecadação municipal aproximou-se de R$ 50 milhões.
Desde
essa época que surgiram boatos na cidade de Teixeira de Freitas sobre
uma possível irritação do ex-prefeito Padre Apparecido, quando o mesmo
confidenciara a amigos próximos que iria mostrar para a população
teixeirense os números e comprovar de uma vez por todas o saldo
milionário que João Bosco recebera para iniciar a sua administração.
Prefeito João Bosco durante coletiva à imprensa quando anunciou rombo milionário, o que culminou no Decreto de Emergência |
E
o debate prosseguiu: “Eu, particularmente, não acredito em Apparecido
Staut (PSDB), mas, se realmente existiu esse dinheiro, não podemos tomar
outra atitude a não ser entrar com uma representação no Ministério
Público e apoiar a instalação da CPI”, afirmou o vereador Ariston
Pinheiro (PP).
Aguarda-se
para os próximos dias um pronunciamento oficial do prefeito João Bosco,
já que há uma disparidade muito grande entre o documento apresentado
pelo ex-prefeito Apparecido e o que disse o atual chefe do executivo
durante entrevista coletiva dada aos órgãos de imprensa no último mês de
janeiro.
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